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Arquitetura e Urbanismo

O que faz, afinal, quem escolhe Arquitetura e Urbanismo?

Por Rodrigo Peronti | Araraquara | 25/04/2025

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Biologia

Projetar prédios é parte do dia, mas não resume a história. A rotina de quem faz Arquitetura e Urbanismo mistura softwares 3D, visita a obra, pesquisa de materiais e conversas com a comunidade. Entre as tarefas mais frequentes estão:

  • Desenvolver projetos arquitetônicos: residências, escritórios, praças; sempre obedecendo normas de segurança e acessibilidade.
  • Planejar o território: estudar trânsito, infraestrutura e demografia para sugerir políticas urbanas.
  • Preservar patrimônio: restaurar edifícios históricos e orientar intervenções em áreas tombadas.
  • Inovar em sustentabilidade: aplicar ventilação cruzada, telhado verde e materiais de baixa pegada de carbono.

Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU BR), o Brasil reúne cerca de 231 mil profissionais ativos (dados de 2024), mas grande parte concentra se em capitais, indicando espaço de expansão em cidades médias.

Como anda o mercado de arquitetura e urbanismo em 2025

A construção civil segue importante, mas novas frentes crescem rápido:

  • BIM e modelagem 3D:Obras públicas federais passaram a exigir BIM em 2025, ampliando demanda por quem domina a metodologia.
  • Retrofit e requalificação urbana:Leis municipais oferecem incentivos fiscais para revitalizar centros históricos, aquecendo serviços de restauração.
  • Projetos sustentáveis:40% dos novos empreendimentos acima de R$ 10 mi buscam certificações ambientais, segundo o Green Building Council Brasil.
  • Urbanismo tático:Prefeituras adotam intervenções de baixo custo (parklets, ciclofaixas temporárias) para testar soluções antes da obra definitiva.

A PNAD Contínua do IBGE (4º tri 2024) mostra que as ocupações formais ligadas à construção cresceram 4,1% ante 2023, enquanto a renda média avançou 2,8%. Especialistas que combinam design, gestão e tecnologia tendem a permanecer mais resilientes mesmo fora dos grandes “booms” imobiliários.

Tendências que vão moldar o futuro da arquitetura e urbanismo

  • Digital twins urbanos:modelos virtuais de bairros inteiros, alimentados por sensores IoT, permitirão simular enchentes, fluxo de tráfego e consumo energético antes da primeira escavação.
  • Economia circular da construção:projetos já preveem desmontagem seletiva para reaproveitar componentes, reduzindo resíduos.
  • Edificações de baixo carbono:madeira engenheirada (CLT) e concreto de baixo clínquer ganham escala, pressionando profissionais a integrar análises de ciclo de vida nos projetos.
  • Cidades de 15 minutos:planejamento que aproxima moradia, trabalho e lazer em percursos curtos; exige visão multidisciplinar do arquiteto urbanista.

O Censo da Educação Superior 2023 contabiliza 1.167 cursos de arquitetura e urbanismo ativos no país, com aproximadamente 195 mil matrículas. A oferta é ampla, mas o diferencial está em experiências práticas: estágio em obra, iniciação científica ou participação em escritórios modelo.

Dicas para estudantes e recém formados

  • Monte um portfólio híbrido: reúna renderizações digitais e croquis à mão – recrutadores valorizam processo criativo completo.
  • Domine ferramentas: Revit, Rhino, SketchUp e softwares de análise energética colocam seu currículo à frente.
  • Entenda gestão de projetos: metodologias ágeis e noções de orçamento evitam sustos de cronograma no canteiro de obras.
  • Amplie networking: participe de eventos do CAU, hackathons de cidades inteligentes e grupos de estudo; contatos abrem portas tanto quanto diplomas.
  • Fique de olho em dados públicos:bases do IBGE, MapBiomas e GeoSampa oferecem camadas essenciais para tomar decisões urbanísticas fundamentadas.

Arquitetura e urbanismo continua sendo uma carreira que mistura criatividade e responsabilidade social. O diploma é o começo; o futuro pertence a quem equilibra estética, tecnologia e consciência ambiental. Se você gosta de desenhar espaços que façam sentido para as pessoas – hoje e amanhã –, o mercado pode ser competitivo, mas oferece oportunidades reais para transformar a paisagem brasileira de maneira inteligente, sustentável e inclusiva.

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